terça-feira, 25 de maio de 2010

Festa na Quinta da D. Maria - Montalvo, 16 de Maio de 2010

Olá!

Peço desculpa pelo atraso mas um homem não chega a todo o lado... Como muitos sabem a JICA anda em obras e o tempo não chega para tudo...

Pois é, mais uma festa com o carimbo da JICA, num espaço que tudo tem para dar que falar num futuro próximo: A Quinta da D. Maria em Montalvo.

Espaço que carrega história, foi ali que muitas das pessoas com origem em Montalvo cresceram ao ver os seus pais (e eles próprios!) trabalhar na terra e dela tirar tudo o que é saudável e está severamente industrializado: O Azeite, o Vinho (gosto!), os Cereais, o leite, a criação (porcos, vacas, galinhas, etc.), bem ao estilo das novelas que relatam as origens dos povos.. e aquela foi a nossa origem! Era uma altura onde todos suavam no trabalho e ninguém pedia aumentos salariais em tempos de crise... ao contrário de agora!

A Festa teve fundamentalmente dois objectivos: a comemoração do dia dos museus e dar a conhecer ao povo um novo espaço municipal, que como já foi dito transpira história e que por muitos anos se encontrou ao abandono, até que finalmente a nossa Autarquia o conseguiu adquirir.

Quem por lá passou pode ver o estado de degradação das estruturas de produção da altura, salientando eu a grandeza e mística do Lagar e espaços de apoio, a enfardadeira, os depósitos de azeite, as divisões de albergue dos animais, os tanques de pisar uva e muito importante: os toneis e o alambique! ;-) Aquilo sim, são coisas à medida da JICA! Sei que nesta altura estarão a questionar-se "mas onde estavam tais coisas?"... Pois bem, o faro apurado para tais líquidos levou-nos a divisões que a bem da segurança estavam fechadas a cadeado, que no entanto insistimos que me fossem mostradas e... senti o mesmo que o Indiana Jones quando chegou ao Templo Sagrado! ;-) :-) depois de preservado e disponível à apreciação do publico lá voltaremos...

Voltando ao tema festa, o Município de Constância organizou um evento onde quem tinha de brilhar eram as forças vivas do concelho, ou seja, as suas colectividades. E assim foi.

Foi construído um programa onde as Associações prestavam o seu contributo, sendo que as da Freguesia tinham a "obrigação de fornecer serviços de logística", as das restantes Freguesias o entretenimento.

Começo desde já por deixar uma palavra de apreço para essas que mostraram a Montalvo que por vezes somos preconceituosos, e alinharam logo no desafio que lhe foi feito, estando presentes na Festa, contribuindo com aquilo que têm para dar.

Assim, o dia começou com a Missa Campal, seguindo-se o almoço. Ainda com a digestão em curso iniciaram-se as estórias de outrora, a musica, as danças, os jogos, etc, etc. até se fazer noite. Foi bonito de se ver tantas colectividades a trabalhar em conjunto.

A Jica, como é um caso à parte, contribuiu também com o que melhor sabe fazer: Musica, comes e bebes. Pois é, fomos responsáveis por tratar do estômago dos visitantes ao mesmo tempo que lhes demos musica, ao sonorizar a entrada da Quinta rua de acesso. Com umas instalações de luxo (comparadas com as Tasquinhas de Constância!), concebemos dois pratos de luxo... na época que a Quinta inspirava: Sopa da Pedra e Borrego Guisado.

Fomos responsabilizados pela Câmara Municipal em não deixar ninguém passar fome, sendo que a partir das 18h era por conta do referido organismo. (Claro que connosco há sempre polémica e mais uma vez houve... quem achasse mal que fosse vendido Borrego ao almoço quando à tarde era de borla... Mas ora eu! Recado: para a próxima fique em casa! Se tiver por lá comer...)
E assim foi. Grande panelão de sopa pronto ao meio dia, assim como o primeiro de 5 tachos (tamanho familiar!) para receber todos os que desejaram, tranquilamente, almoçar num espaço centenário. Pelo meio ainda foram produzidos uns KG de pão, in loco, que não satisfez as encomendas! (o segredo está na reza da massa...)

De referir ainda que esteve um dia de Verão, a convidar à ingestão de umas cervejas e copos de tinto, fosse no espaço da JICA, fosse no espaço da Banda, que como associação da Freguesia não podia deixar de marcar presença também. Para depois da degustação, a Casa do Povo fornecia os digestivos (café e bagaço - era bom!) e coscorões) e as Irmãs Clarissas os doces... é linda a nossa Freguesia não é?

Tal como prometido, pouco passava das 18h quando a Autarquia deu luz verde à distribuição do tão esperado Borrego Guisado bem ao estilo do que a afamada D. Maria fazia na altura, uma vez por ano, aos meninos que frequentavam a catequese na altura.
Centenas de apreciadores acorreram à mesa de distribuição, não conseguindo por vezes manter o civismo e aguardar pela sua vez... Mas foi recompensante ver que todos aclamavam por um prato de uma carne que por vezes é mal julgada, em tudo cremos, dada a qualidade do que por ai se vende... Esta veio com ajuda do Sr. Manuel Vitor, foi arranjada pelo Sr. José Gaspar e confeccionada pela Sra. Paula Silvério. E eles o nosso muito obrigado pois sem os mesmos não teria sido possivel à JICA cumprir com sucesso a missão que lhe foi atribuída!

Dizer que foi muito bonita a festa, e que apesar da minha tenra idade senti a nostalgia no ar, de tempos em que se gerava riqueza da terra com a força dos Homens, num espaço inspirador onde se conseguem imaginar os tempos de trabalho que passaram, que tudo leva a crer irá ter outro futuro, ao serviço da sociedade actual. A JICA promete... Já existem projectos!

Ficam as fotos, desde a matança dos borregos (8, na 6ª feira) à festa em si na Quinta, no Domingo.

Cumprimentos e bem-hajam!



























P.S.: Uma palavra de apreço para o sócio Marco Morais que nos ajudou até à exaustão, conforme podem ver pela foto onde está bem patente o seu cansaço... :-) :-) :-)